Centenas de crianças da catequese e muitos fiéis católicos vão reunir-se em assembleia na cidade de Leiria, para celebrar a presença de Cristo na Eucaristia, no dia 20 de junho, que a Igreja Católica dedica à solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. A celebração da Missa, presidida pelo bispo D. António Marto, será às 16 horas, no jardim de Santo Agostinho. Seguir-se-á a procissão pelas ruas da cidade até ao adro da Sé, com este itinerário: Largo de Infantaria 7, Rua Tenente Valadim, Largo Alexandre Herculano, Praça Goa, Damão e Diu, Largo 5 de Outubro, Largo das Forças Armadas, Rua da Vitória e Largo da Sé. Na procissão estarão presentes as filarmónicas das Chãs, das Cortes e da Caranguejeira, que nos honram com a sua generosa actuação e marcam o ritmo deste acto religioso.
Todos os fiéis católicos, vindos das diferentes paróquias, com as respectivas bandeiras, e também os religiosos e religiosas, são convidados a participar na celebração. Espera-se especialmente a presença dos ministros extraordinários da comunhão, dos acólitos e das confrarias ou irmandades do Santíssimo Sacramento. Participarão também os escuteiros com os seus uniformes e os acólitos vestidos com as suas túnicas.
Na parte da manhã, a começar às 10h30, no jardim de Santo Agostinho, congregam-se as crianças do 3º e 4º ano da catequese com os respetivos catequistas para um conjunto de atividades organizadas pelo respetivo Serviço Diocesano, como já foi divulgado.
Esta Eucaristia e procissão com o Santíssimo Sacramento na cidade de Leiria constituem uma significativa experiência eclesial, proporcionando aos fiéis maior consciência da sua pertença à Igreja diocesana. “Na santíssima Eucaristia, – confessa a fé católica – está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo” (PO 5; EE 1).
A mesma celebração em 1964
Num prospeto de 1964, em que se divulgava o programa da “festa do Santo Corpo de Deus em Leiria”, o bispo da altura, D. João Venâncio, escrevia:
“Espero que não falte nenhuma freguesia da querida Diocese de Nossa Senhora à chamada do seu humilde Pastor, como, aliás, acontece todos os anos. Nem as paróquias de se fazer acompanhar das Sociedades Filarmónicas, onde existem, para dar maior realce exterior à devoção.
Na Sé Catedral, far-se-á, como de costume, um tríduo preparatório, nos dias 25, 26 e 27 do corrente (Maio), às 9 horas da noite, com pregação solene e outros actos de culto, e no dia 28, Pontifical ao meio dia, e solene Procissão, a começar às 5 horas da tarde, pelas ruas do costume, com Bênção Eucarística, no largo fronteiro à residência episcopal.
Muito desejaríamos que o maior número possível dos caríssimos diocesanos tomassem parte já no Solene Pontifical do meio dia, comungando pelas intenções do Santo Padre e em acção de graças pelos sete séculos da instituição desta festa”.
Nessa época, a procissão saía da sé e seguia pela Rua Direita, passava pelo Terreiro, subia a Rua de Alcobaça, descia pela Avenida dos Combatentes e dirigia-se ao atual Largo das Forças Armadas. Aí, em frente do antigo paço episcopal, terminava com a bênção do Santíssimo dada a partir da varanda do edifício.
