Cada um por todos

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Setembro é mês do recomeço. Vividas, ou não, as férias, é tempo de voltar a ritmos que preenchem a grande parte do restante tempo do ano. 

Se há coisas a que não podemos escapar, como os tempos de escola que batem à porta de crianças, adolescentes e jovens, outras há que, na liberdade que nos caracteriza, são opcionais na aceitação que delas fazemos ou não. Penso em atividades extracurriculares ou em catequese. Mais que das crianças, dos pais depende o lugar, o valor, que cada um fará que ocupem no seu dia a dia, na sua vida. 

Vivemos num ambiente, cada vez mais acentuado, de rejeição de tudo aquilo que nos não dá prazer ou dinheiro. Tudo se torna perfeita e facilmente descartável quando é “difícil”, não por si, mas no nosso jeito de ver. Tudo é facilmente questionado e recusado quando “não se vê”, porque se se não vê não existe. 

Agarramo-nos ao que é palpável e sensível, ao que se vê e se compreende. 

É interessante ver como, naturalmente, as crianças, antes de se deixarem extraviar pelo pensamento da negação de tudo menos do “eu”, aderem a Deus como coração puro, simples e belo. Não, não é porque se deixam enganar, ou sejam enganadas, mas porque há nelas um profundo sentimento no natural (sim, é “natural” amar e adorar a Deus). Na criança a natureza não está ainda dominada pelo conhecimento da razão e pela primazia que se lhe vai dar, fazendo sobressair quase em absoluto a razão e a matéria, fazendo que o espiritual seja relegado para um plano secundário. Somos criados por Deus e para Deus, mas deixamos que Ele seja relegado para último plano em nossas vidas. 

Para um batizado, a catequese, o crescimento da fé, a vivência espiritual não é opção, é uma obrigação. Da fidelidade ao batismo surgirão os pais e padrinhos responsáveis pela educação das crianças, sairão os catequistas responsáveis pela caminhada catequética de crianças e adultos, sairá uma comunidade coesa, fecunda, unida e feliz. 

Que toda a comunidade, em cada um dos seus membros, se sinta responsável pelo crescimento espiritual de todos, por dar glória a Deus.

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